Com golaço de Arrascaeta, Flamengo bate o São Paulo outra vez e volta à final da Copa do Brasil após cinco anos
A Copa do Brasil era a única competição de peso disputada por clubes brasileiros que o Flamengo ainda não havia chegado à final desde que passou a investir pesado na formação de um elenco de ponta, Agora não é mais. Cinco anos depois, o rubro-negro carioca está na decisão outra vez, com outra vitória sobre o São Paulo, no segundo jogo da semifinal no Maracanã. E se na última participação, em 2017, o clube já contava com jogadores de renome, como Diego Ribas, desta vez o gol que selou a vaga para enfrentar Fluminense ou Corinthians foi construído por parte do elenco estrelado que ganhou corpo nos últimos anos, o que ajuda a entender a retomada do protagonismo em mais um torneio mata-mata.
Após suportar a pressão adversária no início do jogo, o Flamengo controlou as ações e ampliou a vantagem de 3 a 1 no jogo de ida com um golaço de Arrascaeta: 1 a 0. Mas toda a jogada foi uma sucessão de toques perfeitos com qualidade técnica de algumas peças comandas por Dorival Junior, que não foi páreo para o São Paulo de Rogério Ceni. Desde o passe em profundidade de David Luiz para Pedro, que protegeu e desviou de primeira, para a ultrapassagem de Everton Ribeiro. O meia conduziu por um ou dois metros, enquanto Arrascaeta fazia o movimento em diagonal, e enfiou a bola com sutileza e precisão, para o uruguaio tocar cruzado.
Para completar a exibição, o Flamengo quase ampliou ainda no primeiro tempo com Gabigol, que fez uma partida muito boa coletivamente, mas teve poucas chances. Em uma delas, no rebote, tocou por cobertura de fora da área, mas Jandrei chegou a tempo para tirar. Nem sempre a equipe carioca sobrou no jogo. O começo foi complicado, com o São Paulo em alta pressão sobretudo pelos lados do campo. A defesa rubro-negra conseguiu fechar bem os espaços por dentro e evitar o pior, com excelente participação do goleiro Santos em saída do gol e defesas de alguns chutes, e atuação irretocável de Filipe Luís para trocar passes e aliviar a pressão.
A partir daí, o jogo fluiu nos pés de Everton Ribeiro do meio para frente. Substituído no fim de semana após passar mal e ter um quadro febril, o meia voltou ao seu melhor nível, e no primeiro tempo correu por ele e por Arrascaeta, que vinha de dores no púbis, e em rotação mais lenta. Depois do gol, os espaços se abriram mais e o São Paulo não conseguiu fazer nova pressão como no princípio, pois o perigo sobre sua defesa era respondido de imediato. Com a vantagem por todo o segundo tempo, o Flamengo se posicionou para contra-ataques que teve aos montes, mas acabou não ampliando o placar.