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Meta, dona do Instagram, lança recurso para pais supervisionarem contas de adolescentes na rede social

A Meta, controladora do Instagram, lançou nesta quinta-feira o recurso Central da Família, um espaço dentro do aplicativo que permitirá que os pais supervisionem as contas de seus adolescentes na rede social.

Segundo a empresa, as ferramentas foram desenvolvidas em conjunto com especialistas, pais, tutores e adolescentes e foram anunciadas em março deste ano, primeiro nos Estados Unidos. A data de hoje marca o lançamento global, inclusive no Brasil.

Veja as principais ferramentas disponíveis:

 

  • Ver quanto tempo seus filhos passam no Instagram e estabelecer limites específicos em relação ao dia ou semana que eles podem usar o aplicativa;
  • Notificações quando os jovens compartilharem que denunciaram uma conta ou publicação na plataforma, incluindo informações sobre o que foi denunciado e o porquê;
  • Ver e receber atualizações sobre quem seus filhos seguem no Instagram e as contas que os seguem também;
  • Enviar solicitações aos jovens para iniciar o uso das ferramentas de supervisão. “É preciso que os adolescentes autorizem o recurso para que a supervisão seja iniciada”, informou a rede.

Preocupação com exposição de menores

O lançamento do recurso ocorre na esteira do aumento da preocupação de especialistas, organizações não governamentais e órgãos reguladores com relação à exposição de crianças e jovens menores de idade nas redes sociais.

No ano passado, a engenheira de dados e ex-funcionária do Facebook, Frances Haugen, jogou luz sobre o problema ao apresentar ao Congresso dos EUA informações sobre como a gigante da tecnologia tinha noção do quanto suas redes sociais eram nocivas para a saúde mental de jovens e adolescentes.

No dia 5 deste mês, a Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (DPC), que em 2020 abriu duas investigações sobre como o Instagram teria tornado públicos os endereços de e-mail e números de telefone de usuários menores de 18 anos, condenou a Meta a pagar €405 milhões (R$ 2,1 bilhões) por violação da legislação do bloco europeu em suas configurações de privacidade para crianças no Instagram.

Esta foi a segunda maior multa do tipo já aplicada na União Europeia. O motivo estava relacionado à exibição de telefones e endereços de e-mail em contas comerciais de usuários entre 13 e 17 anos, além de uma conta pública para esta faixa etária por configuração padrão.

A Meta disse que a decisão é relacionada a configurações antigas que foram atualizadas há mais de um ano, e que, por isso, iria recorrer da decisão.

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