CULTURA E EDUCAÇÃO

Mudanças na secretaria municipal de Cultura do Rio: sai Marcus Faustini e entra Marcelo Calero

O produtor e diretor teatral Marcus Faustini deixou a Secretaria municipal de Cultura do Rio de Janeiro. Ao GLOBO, ele ressalta que está “encerrando um ciclo” previamente combinado com o prefeito Eduardo Paes (PSD). Quem assume a pasta, a partir de fevereiro, é o deputado federal e ex-ministro da Cultura Marcelo Calero (PSD), conforme antecipou o colunista do GLOBO Ancelmo Góis.

Faustini comandava a secretaria desde janeiro de 2021, quando se iniciou o terceiro mandato de Eduardo Paes (PSD) à frente da Prefeitura do Rio. A mudança acontece na esteira de outras alterações na administração pública da cidade, que podem visar a alianças para a disputa da eleição municipal em 2024.

— Quando comecei na secretaria, já tinha combinado com o prefeito que cumpriria um ciclo de dois anos à frente da pasta, mas, claro, pensando em reavaliar depois esse tempo — esclarece Faustini, que se reúne com Calero, pela primeira vez, nesta terça-feira (24). — Quero fazer uma boa transição, mostrando os pontos de atenção para o novo secretário. Minha saída não é uma surpresa.

Idealizador de diversas iniciativas voltadas para jovens da periferia, como a Agência Redes para Juventude, Faustini considera que superou, nos últimos dois anos, a destruição deliberada, como diz, deixada pela gestão de Marcelo Crivella (Republicanos). Nesse período, a equipe atuou em prol da descentralização dos recursos públicos — por meio do programa de fomento à cultura, o Foca — e da recuperação de espaços como as arenas e lonas culturais, além do Teatro Carlos Gomes, no Centro, que atualmente passa por restauração.

— A territorialização das políticas públicas trouxe inclusão, porque acabou como uma concentração vergonhosa no Centro e na Zona Sul, e também aumentou a capacidade do nosso parque de indústria criativa — frisa Faustini. — Antes, o que ia para a Zona Norte e a Zona Oeste, de fomento, representava de 8% a 12%. Mudamos isso para quase 50%. Fizemos uma gestão com esse objetivo. A cultura não pode ter medo de andar na cidade. Ela tem que chegar antes. Saio honrado e com muito aprendizado. Para mim, esse trabalho trouxe a comprovação do potencial que a cultura tem no futuro da cidade.

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