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Sergio Ramos, zagueiro do PSG, anuncia aposentadoria da seleção espanhola

Campeão da Copa do Mundo com a Espanha em 2010 e um dos maiores nomes de sua geração, o zagueiro Sergio Ramos, de 36 anos, anunciou, nesta quinta-feira, a sua aposentadoria da seleção espanhola. O defensor utilizou suas redes sociais para publicar uma carta aberta se despedindo da equipe, onde ele ficou durante quase 18 anos.

Pela Espanha, Sergio Ramos disputou 180 jogos, marcou 23 gols e conquistou, além do Mundial da África do Sul, duas Eurocopas, em 2008, na Áustria e Suíça, e 2012, na Polônia e Ucrânia.

O último jogo do defensor com a camisa da Espanha foi no dia 31 de março de 2021, na vitória sobre o Kosovo por 3 a 1 pelas eliminatórias da Copa do Mundo do Catar. Na ocasião, Sergio Ramos entrou aos 41 minutos do segundo tempo, para substituir o zagueiro Eric Garcia, do Barcelona.

Na nota em que anunciou sua aposentadoria da seleção, Sergio Ramos deixou claro que essa não era o seu plano. O zagueiro do PSG diz que recebeu uma ligação de Luis de la Fuente e o atual técnico da Espanha afirmou que não conta mais com ele.

Sergio Ramos já não havia sido convocado para disputar a Copa do Mundo do Catar, por opção do técnico Luis Enrinque. O zagueiro realizou boas partidas pela equipe no ciclo pré-Copa, no entanto, sofreu com as crônicas lesões pouco antes da Euro 2020, realizada em 2021, e perdeu espaço.

Confira post completo e traduzido

 

“Chegou a hora, a hora de nos despedirmos da Seleção, nossa querida e empolgante Vermelha. Hoje pela manhã recebi uma ligação do atual Treinador que me disse que não conta e que não contará comigo, independentemente do nível que eu possa mostrar ou como eu continuar minha carreira esportiva.

Com muito pesar, chega-se ao fim de uma jornada que esperava que fosse mais longa e que terminasse com um sabor melhor na boca, a par de todos os sucessos que temos conseguido com o nosso Tinto. Acredito humildemente que esta trajetória mereceu terminar por decisão pessoal ou porque o meu desempenho não esteve à altura do que a nossa Seleção merecia, mas não por idade ou outras razões que, sem os ter ouvido, tenho sentido. Porque ser jovem ou menos jovem não é uma virtude ou um defeito, é apenas uma característica temporária que não está necessariamente relacionada ao desempenho ou habilidade. Olho com admiração e inveja para Modric, Messi, Pepe… a essência, a tradição, os valores, a meritocracia e a justiça no futebol.

Infelizmente não será assim para mim, porque o futebol nem sempre é justo e o futebol nunca é só futebol.

Por tudo isto, assumo com esta tristeza que vos quero partilhar, mas também de cabeça erguida e muito grato por todos estes anos e por todo o vosso apoio. Levo comigo memórias indeléveis, todos os títulos pelos quais lutamos e festejámos juntos, e o enorme orgulho de ser o jogador espanhol com mais internacionalizações. Esse escudo, essa camisa e essa torcida, todos vocês, me deixaram feliz. Da minha casa continuarei a torcer pelo meu país com a emoção do privilegiado que o pôde representar 180 vezes com orgulho. Obrigada do fundo do meu coração a todos vocês que sempre acreditaram em mim!”

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