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Antes x depois de estátua de cavalo dada a comitiva de Bolsonaro e quebrada repercute entre opositores

O fato da escultura dourada da estátua de cavalo ter sido achada quebrada numa mochila e junto às joias que seriam destinadas à Michelle Bolsonaro geraram teorias entre perfis críticos ao ex-presidente Jair Bolsonaro e deputados da atual base do governo Lula. Reportagem do Estado de S. Paulo da última sexta-feira aponta que o governo de ex-presidente tentou entrar no país ilegalmente com joias avaliadas em 3 milhões de euros. Além do conjunto de colar, brincos, anel e relógio de diamante da marca Chapard, a escultura também foi encontrada com o assessor do ministro Bento Albuquerque, durante a fiscalização de rotina na chegada ao aeroporto de Guarulhos, em outubro de 2021. A peça, um presente dos árabes, desembarcou no país quebrada.

Parlamentares como a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Ivan Valente (PSol-SP) questionaram o fato da estátua estar com a base quebrada propositalmente para ser escondida dentro da mochila.

Nas redes, usuários usam a imagem de antes e depois para questionar a justificativa do governo de que os presentes seriam entregues ao acervo da Presidência.

A reportagem descreve que a apreensão aconteceu em 26 de outubro de 2021, na chegada ao Brasil do voo 773, que veio da Arábia Saudita para Guarulhos. Durante uma fiscalização de rotina, em que as bagagens passam pelo raio x, os agentes da Receita optaram por vasculhar uma mochila de Marcos André dos Santos Soeiro, assessor de Bento Albuquerque.
O titular das Minas e Energia do governo Bolsonaro voltava de uma viagem pelo Oriente Médio.
Ainda de acordo com o jornal, ao saber que as joias haviam sido apreendidas, Albuquerque retornou à área da alfândega e tentou, ele próprio, retirar os itens, informando que se trataria de um presente pessoal para Michelle.
O ex-ministro de Bolsonaro se manifestou neste sábado para negar eventual irregularidade no procedimento de liberação de joias no Aeroporto de Guarulhos. Ele disse que não tentou interferir no trabalho da Receita e alegou que as peças avaliadas em R$ 16,5 milhões foram presentes dados por autoridades sauditas ao Estado brasileiro e não à então primeira-dama.

“Quando da chegada da comitiva do Ministério de Minas e Energia ao Brasil – no Aeroporto Internacional de Guarulhos, SP – sem tentar induzir, influenciar ou interferir nas ações adotadas por representantes da Receita Federal, o Ministro se ateve a externar as explicações decorrentes, necessárias à perfeita elucidação da origem dos itens recebidos”, afirmou, em nota, a assessoria do ex-ministro.

Além do ex-ministro, a ex-primeira-dama negou ontem por meio de uma postagem nas redes sociais que seja dona das joias: ‘Quer dizer que eu tenho tudo isso e não estava sabendo?’, ironizou no Instagram.

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