Duas vítimas de incêndio a ônibus ainda seguem internadas em hospital de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense
A Secretaria municipal de Saúde de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, informou nesta quinta-feira que seis das vítimas do incêndio a um ônibus ocorrido nesta quarta-feira, duas ainda seguem internadas em duas unidades públicas. Uma delas é o suspeito pelo ataque ao coletivo. A outra é uma criança de quatro anos. Todas as outras vítimas já tiveram alta.
Cleber da Conceição Sirilo, de 39 anos, deu entrada no fim da manhã de quarta-feira no atendimento de urgência do Hospital Municipal Dr. Moacyr Rodrigues do Carmo, com 50% do corpo queimado, no rosto e nas pernas. A criança foi transferida à tarde para o Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes com queimadura em 90% do corpo.
Seu estado geral é gravíssimo, segundo o hospital. A criança segue entubada aos cuidados de uma equipe multidisciplinar, no CTI pediátrico da unidade.
As pacientes Fernanda de Moura Almeida, de 43 anos, e Cleide Pereira Campos, de 56, que tiveram lesões leves ao serem pisoteadas na tentativa de sair do coletivo, tiveram alta à noite. Cristiane da Silva Moreira Nascimento, de 47 que foi internada com queimadura leve na perna direita também já está em casa. Uma sexta pessoa foi levada para uma unidade privada.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a corporação foi acionada para combater as chamas de um ônibus, por volta das 10h59, na Avenida Brigadeiro Lima e Silva, localizada no Centro de Duque de Caxias. Cléber da Conceição Sirilo, de 39 anos, foi preso em flagrante por uma equipe de peritos da Polícia Civil que passava em uma patrulha pelo local.
O que se sabe até agora é que o suspeito embarcou no coletivo, na altura da Rodovia Washington Luís, levando dois galões plásticos. Pouco depois, quando o veículo trafegava pela Avenida Brigadeiro Lima e Silva, próximo a um supermercado, o homem, sem nada dizer, colocou um capuz no rosto e usou uma faca que levava para furar os galões.
Em seguida, espalhou um líquido inflamável no chão e ateou fogo no veículo. Ainda não se sabe o que teria motivado o ataque. De acordo com as primeiras informações da polícia, o suspeito não seria parente nem mantinha qualquer tipo de relação com as vítimas.
Em nota, a Federação das Empresas de Mobilidade do Estado do Rio (Semove) repudiou o ataque, que classificou como “criminoso”. Segundo a entidade, esse foi o 249º ônibus incendiado no estado em dez anos, dos quais oito apenas em 2023 — sete na Baixada Fluminense. A nota aponta ainda para o fato de que a “inexistência de seguro para este tipo de crime atrapalha o investimento na renovação da frota e prejudica a população”.
A Viação União, proprietária do veículo incendiado, também divulgou um comunicado no qual informa que está prestando “auxílio às vítimas e colabora com a autoridade policial para esclarecimento dos fatos”. A empresa condena ainda “o quarto ataque sofrido em vinte dias, e informa que o custo para reposição dos veículos incendiados é de aproximadamente R$3 milhões”.