Mãe e filha são presas com 60 mil comprimidos de ecstasy no Galeão
Mãe e filha foram presas, na manhã deste domingo, com cerca de 60 mil comprimidos de ecstasy e 9 kg de MDMA no Aeroporto Galeão, no Rio de Janeiro. Voltando de um voo de Paris, com conexão em Portugal, elas foram pegas pela Receita Federal. As drogas foram avaliadas em mais de R$ 4 milhões.
As passageiras, de 47 e 23 anos, foram encaminhadas para abertura das malas depois que as bagagens foram inspecionadas pelo raio-x e foi observado a existência de um conteúdo suspeito. Os agentes da Receita identificaram um fundo falso e realizaram um narcoteste preliminar, que acusou a presença de substância entorpecente do tipo sintética.
A Polícia Federal foi acionada para a realizar os trâmites judiciários.
Ecstasy fabricado em laboratórios clandestinos em favelas
Uma reportagem GLOBO mostrou que a droga sintética, que vinha apenas do exterior em forma de comprimidos, agora é produzida em duas favelas do Complexo da Maré e na Rocinha, controladas por traficantes.
Informações que estão sendo analisadas pela polícia, relatos de moradores ouvidos pela reportagem e até uma foto obtida pelo GLOBO com o que seria o produto embalado para venda indicam que pelo menos duas facções criminosas lucram e exploram o ramo de drogas sintéticas, produzindo e vendendo ecstasy em forma de pastilhas e balas.
Anteriormente restrita ao “asfalto”, a droga sintética, feita a partir de composto de metanfetamina (MDMA), vinha apenas do exterior em forma de comprimidos com preços que variavam de R$ 60 a R$ 100. De acordo com relatos de moradores, a partir da fabricação no Rio, cada pastilha vem sendo oferecida por preços que variam de R$ 25 (no atacado para revenda em comunidades não produtoras) a R$ 70, para os usuários em geral.