MEC encerra reunião de trabalho do G20 sobre educação
As discussões do Grupo de Trabalho (GT) de Educação do G20 sobre a valorização dos docentes terminaram nesta terça-feira, 21 de maio, em Brasília, sob a coordenação do Ministério da Educação (MEC). A reunião serviu como troca de abordagens de melhores práticas de valorização dos profissionais de educação, em que o Brasil ouviu experiências dos países participantes e compartilhou suas ações de valorização e qualificação da carreira dos professores. Na quarta-feira, 22 de maio, ainda está prevista uma visita técnica a uma escola, quando se encerrará oficialmente o evento.
Segundo o coordenador das reuniões do GT de Educação e assessor especial para Assuntos Internacionais do MEC, Francisco Figueiredo de Souza, o encontro foi finalizado com o compromisso de que os temas tratados nos encontros presenciais do grupo não sejam apenas recomendações, mas que se concretizem nas agendas dos países integrantes do G20.
Um ponto ao qual o Brasil está atento é o de meio ambiente e sustentabilidade e como isso deve estar presente na sala de aula. Outro ponto é a educação escolar indígena, pois a formação e a valorização profissional dos docentes que atuam com essa população são um desafio particular.
Souza ainda enfatizou que o Brasil pretende abordar as questões referentes ao tema da valorização e do desenvolvimento das capacidades dos docentes, por meio de uma abordagem orientada para a ação e para o consenso. “Estamos discutindo e trabalharemos para que se concretizem nas agendas dos países do G20 e que não seja apenas o compartilhamento de ações”, disse.
Delegados de mais de 30 países-membros do G20 estiveram presentes na primeira reunião presencial do GT. Ao todo 177 delegados do grupo — que reúne as 19 principais economias do mundo, além da União Europeia, da União Africana e de países convidados — estiveram na capital federal. Os próximos encontros se realizarão no Rio de Janeiro e em Fortaleza, em julho e outubro, respectivamente, para o debate de outros dois temas propostos pelo Brasil e aprovados pelos demais membros: o engajamento comunitário nas escolas e o compartilhamento de material pedagógico sobre desenvolvimento sustentável.
“Estamos muito satisfeitos com os resultados dos debates realizados. Nossos apontamentos foram bem acolhidos pelos participantes que expressaram apoio às políticas implementadas pelo governo brasileiro”, Souza destacou.
As reuniões do GT Educação tiveram o apoio técnico da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Exibição – Durante o evento de Brasília, os delegados conheceram a plataforma desenhada pelo Unicef para a vídeo-exibição do G20: “Práticas de Engajamento Escola-Comunidade”. A intenção é celebrar práticas educacionais que transcendem as paredes das salas de aula e resultam em transformação positiva do território ao redor da escola. A apresentação da ferramenta coube à chefe de Educação do Unicef no Brasil, Mônica Pinto.
Kids20 – A educação foi pauta do Kids20, formado por jovens repórteres representantes do projeto Imprensa Jovem do G20 e que acompanham a cobertura de atividades ligadas ao evento, em diferentes locais onde ele se realiza. Dessa vez, os estudantes estiveram presentes no GT de Educação, em Brasília, e participaram de uma entrevista com o coordenador do GT pelo MEC, Francisco Figueiredo de Souza.
Entre os temas das perguntas realizadas pelo grupo do Centro Educacional 03 (CEF), de Sobradinho, estavam: o uso de plataformas digitais como ferramenta para o aprendizado; as ações que os países vêm implementando para valorizar os professores; e o que fazer para manter os alunos nas unidades de ensino, pois é grande a evasão escolar nos estabelecimentos. Souza explicou o que foi discutido nas reuniões do GT e apresentado pelas delegações, especialmente no que tange à valorização e à qualificação dos profissionais de ensino. Ele também fez referência às questões relacionadas à sala de aula e ao currículo propriamente. Souza reconhece ser um desafio o tema, mas que o Ministério da Educação trabalha para avançar nas políticas educacionais.