Governo do RJ lança plataforma que mostra ponto de ajuda mais próximo para mulheres vítimas
O Governo do Rio de Janeiro lançou nesta sexta-feira (8), quando se comemora o Dia Internacional da Mulher, ferramentas para auxiliar as mulheres vítimas de violência no estado. A iniciativa pretende frear os índices no estado, que aumentaram em 2024.
Em janeiro deste ano, os crimes de violência moral e psicológica, como a difamação e o constrangimento ilegal, apresentaram um aumento de 27,9% e 16,2%, respectivamente, se comparados com o mesmo período do ano passado.
Além disso, os crimes de feminicídios e tentativa de feminicídio aumentaram em janeiro de 2024. Se comparados com o mesmo mês em 2023, foram três vítimas a mais de feminicídio e seis de tentativa.
A iniciativa do Monitor da Violência Contra a Mulher é uma parceria entre o Instituto de Segurança Pública (ISP) e a Secretaria de Estado da Mulher (SEM).
Serão duas plataformas:
ISP Mulher: uma página disponível no site do ISP que vai possibilitar que a sociedade acompanhe de forma simples e atualizada alguns dados de violência contra a mulher. Além disso, vai disponibilizar os endereços da rede de acolhimento e denúncia para as vítimas.
“Uma ferramenta de fácil acesso, simples e atualizada. A população vai acompanhar os dados e também terá acesso aos endereços da rede de atendimento à mulher. Vai ficar mais fácil da vítima encontra um equipamento estatal para receber atendimento. Muitas vezes a vítima não sabe onde ela pode pedir ajuda e nessa plataforma ela vai encontrar o ponto de apoio mais perto da casa dela”, disse a diretora-presidente do ISP, delegada Marcela Ortiz.
Monitor da Violência Contra a Mulher: exclusivo para uso da Secretaria de Estado da Mulher (SEM). Uma ferramenta que apresenta dados consolidados dos crimes e dá suporte às políticas de enfrentamento a violência de gênero nos 92 municípios do estado.
“Através do monitor, conseguimos garantir maior celeridade no acesso aos principais dados estatísticos, o que tem permitido a elaboração de respostas institucionais cada vez mais eficientes e eficazes para o enfrentamento às violências contra as mulheres”, afirmou Giulia Luz, superintendente de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, da Secretaria da Mulher.
Perfis diferentes de violência
Ainda de acordo com a diretora-presidente do ISP, Marcela Ortiz, os crimes se apresentam de formas distintas no estado do Rio de Janeiro. Ela lembrou ainda que o registro de uma violência sofrida é fundamental para a atuação do poder público.
“A verdade é que nossos municípios possuem perfis diferente de violência. No interior do estado, é muito comum a prática de feminicídio com arma branca. Já na capital, os crimes costumam ser executados com armas de fogo. O tipo de crime do interior é diferente dos que são cometidos na capital”, afirmou Marcela Ortiz.
“Queremos disseminar conhecimento, essa é nossa principal missão. É muito importante que as vítimas procurem ajuda e registrem seus casos. O nosso objetivo é proteger a vida da mulher, a gente precisa interromper o ciclo da violência. Ela pedindo ajuda vai fazer com que isso aconteça”.